terça-feira, 29 de junho de 2010

Quem me dera, menina...

(Dedico esse poema a alguém, em algum lugar)

Quem me dera menina
Poder um dia eu ser teu
Poder um dia você ser minha
Pra que juntos fossemos um só...
Ao olhar para ti
(Todo dia, sentada nos degraus da velha escola,
Com o olhar perdido aonde eu não posso alcançar...)
Sinto uma vontade enorme de querer ser teu, só teu.
Ah, menina! Minha menina!
És minha, porém nem sabes (ainda)...
É... ainda.
Ai, quem me dera menina...
Que teu coração de menina
Que teus olhos de menina
Que teus desejos, sonhos de menina
Vissem os meus...
Sentissem os meus...
Quisessem só pra você.
Como eu queria que tu, só tu,
Me roubasse para si...
E assim, minha menina,
Seriamos só nós, só nois dois...
Vivendo tudo...
Fazendo tudo...
Tudo...
Tud...
Tu...
T...
...

Natalia San'Cost
(29/06/2010)

sábado, 26 de junho de 2010

Maurício


(Ao meu violão, Maurício)

Só você, meu caro...
Só você me entende perfeitamente
Me lê, como ninguém lê...
Entende a minha mais profunda dor
Minhas loucuras
Meus defeitos, meus pecados
Minhas agonias...
Quando debruçada sobre ti
Me revelo
A mais perfeita e imperfeita mulher
Desejos, lacívias... via-láctea em mim...
Você conhece...
Entende, sente...
No meu quarto, no nosso quarto
Um universo de canções a tocar
Dueto em vozes, em silêncios, em acordes...
Soltos, surdos, mudos...
Meu Maurício... minh'alma gêmea?
Vai saber...
Talvez sim...

Na pele, a mesma dureza... madeira...
Na alma, a mesma suavidade, meiguice, paixão...
Amor.

Natalia Santana (26-06-10)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um não sei quê...



Um não sei quê de saudade invadiu meu quarto hoje
Me trouxe lembranças de outrora
De tempos, de coisas que nem vivi...
Mas senti saudades...
De um não sei quê
Que até agora não sei dizer
Nem expressar por meio de palavras, gestos...
Mas senti...
E sinto...
Dessa forma, assim, tão confusamente...
Turbilhão de idéias, de coisas, de saudades...
É...
Saudades...
Saudades...
Saudades...

Natalia Santana
(24-06-10)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Poema de um minuto só




Um minuto só
Fiquei a observar o nada
Seus detalhes, seus movimentos...
Tudo aquilo que o transformava:
Em nada!

E em um minuto só
Percebi a grandeza e a pequenez das horas
Que arrastam tudo para o nada
Que transforma um grande amor em nada
Que tudo acende e tudo apaga...

Percebi, enfim, neste minuto só
A imensidão, a infinitude do nada
Que transmite tudo e nada
Sem transmitir coisa qualquer...

Talvez o nada, deste minuto só,
Seja tal e qual definiu um outro poeta
Em outra hora:
"Uma palavra esperando tradução"...

Natalia Santana
(14-06-2010)