sábado, 5 de novembro de 2011

Um quase soneto



Enquanto o vento lá fora
Varre tudo sem dó.
Eu aqui dentro de casa
Percebo o quanto estou só...

E é uma solidão tão estranha
Daquelas que a gente não sabe explicar
Daquelas que machucam a alma
E que muitas vezes nos faz chorar...

As lágrimas que rolam em meu rosto
Escorregam e tombam no chão
E por lá elas ficam...

Tal e qual ficou meu coração
Partido, despedaçado, sem vida
Graças a um sentimento roto.


Natalia Santana (05/11/2011)

domingo, 30 de outubro de 2011

Você



Você ultimamente até parece sentir o que sinto
Quando estou triste
Quando penso que estou sozinha
Completamente abandonada...
Você aparece...
E me faz esquecer tudo aquilo que me atormentava por dentro.

Você aparece no momento certo
Na hora exata...
Como pode ser?

Outro dia, pensei em você...
E de repente o telefone toca...

Que força é essa que nos aproxima?
Será você o meu anjo?
Minha alma gêmea?

Será então o destino?
O acaso?
Ou simplesmente Deus?

Não, ainda não sei o que seja...

Mas quero que continue...
Que me leve sempre que achar necessário...
Que me acolha e proteja sempre sob tuas asas...

Por que assim me sinto bem...

Natalia Santana (30/10/2011)


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

É isso aí



É...
Eu já sabia que isso iria acontecer.

O mesmo filme, as mesmas cenas
Tudo igual.
E eu eu ainda me surpreendi
No fundo
Esperava que tudo fosse diferente...

Que você fosse diferente!

Mas qual?
Tudo igual
Ou ainda pior...

Pois confiei em você
E jurava ser diferente...

Mas realmente você foi diferente.
Estudou minhas fraquezas
Conquistou minha confiança
E feriu minha alma...


Natalia Santana (12/10/2011)

sábado, 25 de junho de 2011

Gotas de felicidade




Tem dias que tudo parece escuro
Que nada parece ter sentido...

Que a solidão entra
E parece já não mais querer sair...

E a tristeza invade
Sem pedir licença...

Nessas horas...
A vontade que tenho é de fugir...

Ir em busca de algo novo
Nem que sejam apenas gotas,
Segundos de felicidade...

Antes eu era bem ambiciosa
Nesse quesito.

Hoje, não.

A vida me fez perceber
Que os momentos pequenos
São sempre marcantes
E bem mais significativos...



Natalia Santana Costa (25 de junho de 2011)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sem nome é bem melhor


Cansei de dar nomes as coisas
Nomear não significa compreender...

E pra que nomear se podemos somente sentir a presença das coisa?
Dos sentimentos?

Nomear é somente nomear.
E isso é tudo?

Ah, sei lá...

O bom da vida é vivê-la,
Senti-la...
Sem explicações, sem nomeações...

Acho que sem nome tudo é bem melhor.


Natalia Santana (23 de junho de 2011)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acho



Acho que hoje não estou bem
Aliás, já nem sei quando me senti assim:
Bem...

Ultimamente as alegrias são passageiras
E raras.

Acho que o tempo
Está passando muito rápido para mim
(Quando se trata de algo bom...)

Do contrário,
Ele se arrasta
E eu sofro...

Às vezes acho que nada mais vale a pena.

Mas lembro de uma pessoa
(cheia de pessoas assim como eu)
Que certa vez disse:
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena".

Ai, volto a fingir que está tudo bem
Tudo em ordem...

E todo mundo acredita
Acho que ninguém duvida...

Ufa! Que bom!
Daí nem preciso me explicar
Nem me justificar...

Acho que estou aprendendo algo...

(Natalia Santana - 15 de junho de 2011)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Poetizar



Devemos espalhar a poesia
Aos cinco cantos do mundo.
Nos lares, nas rua,
Em toda a parte...
Poetizar na vida daqueles
Que não vêem a mágia da vida
Transbordando em cada sorriso ou gesto de carinho.
Poetizar amor onde houver dor
Poetizar todos os dias
Emocionar todos os dias
Amar todos os dias...
Poetizar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eclipse



O que será de mim agora?
Meu coração partido, estilhaçado
Recolhido e remontado outrora...
Volta agora a se partir.
Os cacos de antes viraram pó...
E agora, o que será de mim?
O que será do que sobrou de mim?
Não sei...
Aliás, nem sei o que sobrou
(Se é que sobrou alguma coisa)
Meu remédio agora
É virar a noite e a madrugada
Passar o dia
Juntando o que sobrou, sozinha...
Colando o que restou, sozinha, sozinha...
E a vida vai passando
Vejo da janela
Aquela menina moça mulher cresceu
E o menino também...
O tempo passou
E eu nem vi...
Nem percebi quão grande é a minha solidão
Vejo minhas mãos cansadas
O meu rosto marcado pelo tempo e pela dor...
olho-me no espelho
E só agora
Depois de tanta desilusão eu vejo:
O amor e eu
Somos tal e qual o sol e a lua
Andamos em lados opostos
E quando pensamos que estaremos finalmente juntos
Tudo acaba.
Era um eclipse.

Natalia Santana (12 de Janeiro de 2011)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dual


Estou confusa,

Acho.

Nem sei porque.

Coração e mente em desequilíbrio.

Tudo caindo

Saindo do lugar...

Quem sou eu agora?

Aquela ou a outra?

A menina ou a mulher?

Pagã ou cristã?

Serei eu todas num só corpo?

Ou não serei nada e nem ninguém?

Acho, sinto e vejo

Que nada sou.

Que nada serei.

Nem ouso ser.

Não posso.

Pois já não vivo.

Simplesmente passo.

Sou agua corrente

Poeira que o vento leva, um simples acaso...

Somente passo pela vida, pelas pessoa.

Não deixo raízes

Pois não me deixam.



Natalia Santana

sábado, 1 de janeiro de 2011

Noite e Dia



La na extrema do horizonte vejo o sol nascer...

Com os olhos fitos no céu

Acompanho sua passagem

Até se extinguir, morrer.

Num ponto em que meus olhos incertos

Não podem alcançar...

E depois que a luz se vai,

O céu se cobre de negro

E a tristeza envolve o mundo...

As vezes, a lua aparece

Como um consolo

Junto as estrelas...

Outras vezes não.

Mas a noite, assim como o dia, também se esvai...

E no dia seguinte começa e termina

Tudo outra vez...

Assim como a vida,

Muitas vezes acompanhamos o nascer e o entardecer de alguém...

Outras vezes já o encontramos de passagem

Para mais a frente vermos partir...

E sentimos a dor...

Mas nada como um dia após o outro

Para percebermos que:

“The show must go on”

Que a vida segue

Que o dia vai e a noite vem

Para depois também partir...

E continuar o velho ciclo:

De quem nasce morre

De quem morre nasce

Ou renasce em algum lugar...


Natalia Santana