terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estrela Cadente




Mais uma estrela

Corta o negro céu azulado

Tangendo para o nada

Mais uma esperança...

A queda de uma estrela

Representa muito mais que a morte

Ou simplesmente o nada

A que muitos de nós estamos fadados a crer...

A queda daquele minúsculo ponto luminoso

Aos nossos olhos

É a concretização de algo sonhado

E não somente sonhado

Mas desejado com a mesma vontade

Que uma criança anseia o seio da mãe

Em busca do alimento;

Como os povos oprimidos desejam

A liberdade e a cura para todos os males

E, provavelmente, com a mesma intensidade e verdade

Que eu amo e desejo você...

Que eu quero e espero por você...

E eu espero.

Como aquela estrela que um dia

Esperou não mais ser estrela,

Mas sim, mais um vinculo de esperança a ser criado

Por aqueles que acreditam

No poder daquilo que está oculto.


Natalia Santana (11/10/2010)

domingo, 12 de setembro de 2010

A dança



Ao longe o vento sopra
Versos duma canção
Surda, aos ouvidos daqueles que não amam
E que não conhecem o verdadeiro sentido do amor.
Mas nós dois ouvimos...
E até dançamos juntos
Com o corpo e o rosto colado
(como se fossemos uno):
Aquela canção que só a gente sabe
Que diz tanto sobre nós
Que traduz a nossa TIMIDEZ
Em acordes metálicos,
Solos e rifes de pensamentos
Que seguem na mesma direção
Dos sons que brotam dos nossos lábios
Quando se separam...
Em acordes, notas de EU TE AMO!
Quanta sintonia...
E lá fora
(num mundo externo ao nosso)
A sinfonia segue aquela canção...
E a gente aqui
Dança, canta, se ama...
Sem pressa.
O tempo é todo nosso!

Natalia Santana (11 de Setembro de 2010)

sábado, 11 de setembro de 2010

Sóbria




O sol se foi
A noite cai sombria
E a escuridão toma conta de tudo...
Já não há mais alegria.
Pessoas nos bares, nas ruas
Bebem, dançam...
Sorrindo tentam mascarar suas dores, seus medos
E estou sóbria em meio a tudo isso.
Vejo tudo claramente
E isso dói.
Vejo e sinto o que não queria ver e nem sentir.
Vejo tudo, mas ninguém me vê.
Mais um gole de veneno
não surte nenhum efeito.
Estou imune a dor, a morte física...
Mas minha alma padece, pena
Sofre em silêncio...
Mas estou sóbria...
E mais uma vez...
Pago pelos meus e pelos teus pecados
Carrego comigo toda a dor do mundo
Só queria um abraço pra aliviar meu cansaço
E apenas um beijo para esquecer de tudo!

Natalia Santana (04 de Setembro de 2010)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O silêncio das horas passam
Arrastam as lembranças... e nesse turbilhão
Machucam meu coração
Esmagam minh'alma
E transforma tudo em saudade
Saudade de um tempo que passou
E que hoje sei
Que não voltará...
Mesmo que eu insista, clame aos céus....
E tudo prossegue mudo, surdo, sepulcral...
E o silêncio, inquebrantável das horas, segue
A mesma melodia de outrora
E o corcel negro da noite, alado
Traz de volta tudo que eu quisera esquecer
No embalo, na batida de suas negras asas
Afugentando minha'alma
Aprisionando o meu coração
Nas memórias dum passado que outrora
Fazia-me mais viva
Memórias que coloriam nosso peito
E enchiam nosso peito de vida, de emoção, de amor...
E enfim, me pergunto:
"Cadê você? Aonde estou?"
E novamente vem
O corcel negro da noite
E o medo sufoca-me
Fico muda
Igualmente negra
Sem vida...
Vivo: morta-viva-morta...
(Natalia Santana, 05 de Setembro de 2010)

sábado, 17 de julho de 2010

All Star



Acho que chegou a hora, amor...
O amor cresceu tanto...
Agora é o momento exato.
Vamos juntar nosso All Star
Juntar ainda mais nossas vidas
Cada um traz o que precisar...
Tudo aquilo que quiser compartilhar
E a gente junta tudo, meu amor...
E seguiremos juntos,
Aonde você for eu vou
Amor e carinho você me dá... e eu te dou...
É, chegou...
É essa a hora de juntarmos nosso All Star.

Natalia San'Cost (Julho de 2010)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quem me dera, menina...

(Dedico esse poema a alguém, em algum lugar)

Quem me dera menina
Poder um dia eu ser teu
Poder um dia você ser minha
Pra que juntos fossemos um só...
Ao olhar para ti
(Todo dia, sentada nos degraus da velha escola,
Com o olhar perdido aonde eu não posso alcançar...)
Sinto uma vontade enorme de querer ser teu, só teu.
Ah, menina! Minha menina!
És minha, porém nem sabes (ainda)...
É... ainda.
Ai, quem me dera menina...
Que teu coração de menina
Que teus olhos de menina
Que teus desejos, sonhos de menina
Vissem os meus...
Sentissem os meus...
Quisessem só pra você.
Como eu queria que tu, só tu,
Me roubasse para si...
E assim, minha menina,
Seriamos só nós, só nois dois...
Vivendo tudo...
Fazendo tudo...
Tudo...
Tud...
Tu...
T...
...

Natalia San'Cost
(29/06/2010)

sábado, 26 de junho de 2010

Maurício


(Ao meu violão, Maurício)

Só você, meu caro...
Só você me entende perfeitamente
Me lê, como ninguém lê...
Entende a minha mais profunda dor
Minhas loucuras
Meus defeitos, meus pecados
Minhas agonias...
Quando debruçada sobre ti
Me revelo
A mais perfeita e imperfeita mulher
Desejos, lacívias... via-láctea em mim...
Você conhece...
Entende, sente...
No meu quarto, no nosso quarto
Um universo de canções a tocar
Dueto em vozes, em silêncios, em acordes...
Soltos, surdos, mudos...
Meu Maurício... minh'alma gêmea?
Vai saber...
Talvez sim...

Na pele, a mesma dureza... madeira...
Na alma, a mesma suavidade, meiguice, paixão...
Amor.

Natalia Santana (26-06-10)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um não sei quê...



Um não sei quê de saudade invadiu meu quarto hoje
Me trouxe lembranças de outrora
De tempos, de coisas que nem vivi...
Mas senti saudades...
De um não sei quê
Que até agora não sei dizer
Nem expressar por meio de palavras, gestos...
Mas senti...
E sinto...
Dessa forma, assim, tão confusamente...
Turbilhão de idéias, de coisas, de saudades...
É...
Saudades...
Saudades...
Saudades...

Natalia Santana
(24-06-10)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Poema de um minuto só




Um minuto só
Fiquei a observar o nada
Seus detalhes, seus movimentos...
Tudo aquilo que o transformava:
Em nada!

E em um minuto só
Percebi a grandeza e a pequenez das horas
Que arrastam tudo para o nada
Que transforma um grande amor em nada
Que tudo acende e tudo apaga...

Percebi, enfim, neste minuto só
A imensidão, a infinitude do nada
Que transmite tudo e nada
Sem transmitir coisa qualquer...

Talvez o nada, deste minuto só,
Seja tal e qual definiu um outro poeta
Em outra hora:
"Uma palavra esperando tradução"...

Natalia Santana
(14-06-2010)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ao poeta morto...




Um dia...
Quando minh'alma
Abandonar o meu corpo para sempre
Encaminhando-me assim
Para a fria sepultura
Quero que lavrem
Em meu túmulo
O seguinte epitáfio:
"Jaz aqui Natalia
Aventurou-se poeta
Viveu pouco,
Mas sonhou intensamente".

Natalia SanCost

(16 de outubro de 2008)

Mon cœur




Meu coração é borboleta dourada...
Voa solitário nas asas da fantasia
E pousa enamorado na flor dos meus sonhos.

Natalia SanCost

(21 de Julho de 2008)

"Se eu morresse amanhã"




Se eu morresse amanhã
Deixando assim de existir
Alguma falta sinto que faria
Àqueles que me amaram.
Se eu morresse amanhã
Todos os meus sonhos, desejos e ideais
Ficariam para trás
E tanta ânsia de buscar felicidade
E de viver um grande amor
Também se extinguiriam aí.
Mas...
Se eu morresse amanhã
E disto tivesse certeza
Buscaria viver intensamente
O hoje!
Diria tudo aquilo que penso
Que um dia quis dizer
E não disse.
Quebraria barreiras
Afim de alcançar fronteiras
Talvez... do meu coração...
Se eu morressse amanhã
Faria tudo diferente
No presente!
Procuraria dentro d'uma revolução solar
Ser mais humana.
Seria mais eu...
Mas...
Ah, se eu morresse amanhã
A causa da minha morte
Antes da aurora dos vinte anos,
Seria enigmática
Muitos tentariam
Mas poucos, ou ninguém
Saberia explicar:
Se de amor ou saudade
Se de tádio ou solidão...
Talvez nem eu mesma soubesse
Se eu morresse amanhã.

Natalia SanCost

(13 de junho de 2008)

Amor Morto





Oh, meu Anjo...
Quanta falta tu me fazes
Durante todo esse tempo frio
Impossível não pensar em ti
impossível não pensar em nós...
A dor da tua partida
Matrata-me! Fere-me a alma...
Quando a noite cai sombria
E todo o céu escurece
A tua lembrança vem...
E a saudade sufoca
Entumece-me o seio...
Meu olhar parado
Enche-se de lágrimas
É a dor da perda
Da tua triste partida
Foste embora e tão de repente.
Levaram-te de mim!
E para sempre, sempre!
És morto! És morto!
Palavras que ecoam em meu coração.
Porque tinha que ser assim?
Porque arrancar-te assim de mim?
Tão tristemente!
Oh, como é duro
Ver aquele a quem amo
Ser assim, tão friamente levado.
Sem despedida! Sem um último adeus...
Oh, meu Anjo...
Tudo acabado! Tudo destruído!
Para esse amor só resta a eternidade
Para teu frio corpo, a sepultura
E para mim, triste mortal
Apenas a saudade...
Saudade de um amor que é morto!

Natalia SanCost

(Abril de 2008)

Selva de Pedra




Hoje acordei meio sufocado
Em meio a tantos prédios.
A cidade cheira concreto
Respira concreto!
Olhei através da janela
Só vi a fumaça dos automóveis
Olhei-me no espelho e não me encontrei..
O que faço aqui?
perguntei-me enfim.
Respostas, porém não encontrei.
Tive vontade de fugir
Ver o mar...
(Cheiro de mar é bom!)
Mas como?
Se estou preso nesta selva de pedras!
Selva em que os grandes
Perseguem os pequenos,
Humilham os pequenos,
Por questões de sobrevivência - Afirmam.
E a "lei" da selva - Justificam-se.
Mas nada justifica!
Os homens devoram-se
Uns aos outros
Por dinheiro, status, por futilidades... enfim...
Não posso viver em um lugar assim!
Preciso fugir daqui
O quanto antes!
Não quero fazer parte desta "nação"!

Natalia SanCost

(16 de Março de 2008)

Poesis...




Poesia é ouvir tua voz
sussurrando amores em meu ouvido
É querer beijar-te eternamente
Sempre terno em meu pensamento...
Queria tanto poder estar contigo...
E tornar real todos os meus sonhos...
E acabar de vez com este sofrer...
Que me perturba todos os dias, todas as horas...
Em que me vejo sozinha sem você...

Natalia SanCost

(Outubro de 2007)

Simplesmente Hércules




Não quero o "Hércules"
Tipo feito as esculturas
Criado as modas
Torto, enfezado e entalhalhado a mármore.
Quero-o em pleno esplendor
Viço e frescura
O corpo perfeito as linhas onduladas
Livre. A carne exuberante e pura
O suor da pele
E todas as saliências destacadas...
Quero-o em pleno
Viço e frescura
Com todos os seus músculos, bíceps e tríceps
Tudo muito detalhado
(Para que a minha visão muito apurada
Nada perca na rapidez da olhadela)
Desde a miudeza de uma imperfeição
A grandeza de tudo na mais perfeita forma
E no devido lugar.

Natalia SanCost

(11 de Novembro de 2004)