segunda-feira, 14 de junho de 2010

Poema de um minuto só




Um minuto só
Fiquei a observar o nada
Seus detalhes, seus movimentos...
Tudo aquilo que o transformava:
Em nada!

E em um minuto só
Percebi a grandeza e a pequenez das horas
Que arrastam tudo para o nada
Que transforma um grande amor em nada
Que tudo acende e tudo apaga...

Percebi, enfim, neste minuto só
A imensidão, a infinitude do nada
Que transmite tudo e nada
Sem transmitir coisa qualquer...

Talvez o nada, deste minuto só,
Seja tal e qual definiu um outro poeta
Em outra hora:
"Uma palavra esperando tradução"...

Natalia Santana
(14-06-2010)

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