domingo, 5 de agosto de 2012

Um dia a mais



Abro os olhos pela manhã
Sobrevivi a mais um dia
Embora não saiba como.
Aprendi a ser forte com a vida
E a não transparecer dor
É uma tarefa árdua, difícil
Necessária.
Quem é que se importa com os fracos?
Quem que se importa com os puros de coração?
Eu me importo,
Mas quem sou eu para me importar?
Num outro tempo eu fui alguém
Muito dada aos arroubos e sentimentalismos românticos
Era pura, doce, ingênua...
Uma verdadeira mocinha dos antigos romances românticos
Numa versão moderna e aziaga...
Afinal nunca encontrei alguém que me compreendesse
E que valorizasse aquilo de bom que havia em mim.
Pelo contrário, fizeram o contrario
Contrariaram-me
Moldaram-me
E hoje fiquei assim
Estranha
Ligeiramente louca e psicótica.


Natalia Costa

(31/07/2012)

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